segunda-feira, 6 de maio de 2013

GABARITO DOS EXERCÍCIOS DE URBANIZAÇÃO ANTERIORES


1- A
2- C
3- B
4- C
5- C
6- D
7- B
8- D
9- D
10- C

Comércio exterior


Falta de competitividade prejudica desempenho do Brasil no mercado externo e prenuncia a volta do deficit na balança comercial
Após 11 anos de superavit robusto na balança comercial, nos últimos meses observa-se acelerada piora nas contas externas do país.
Neste primeiro quadrimestre, o Brasil registrou deficit comercial de US$ 6,2 bilhões, recorde para tal período do ano. As exportações caíram 3,1% e as importações cresceram 10,1%, na comparação com igual intervalo em 2012.
A despeito de boa parte do encolhimento do saldo --US$ 3,5 bilhões-- decorrer de atrasos no registro de importação de combustíveis em 2012, mas que só desfalcaram o resultado agora, é evidente a perda no impulso exportador.
O país perde espaço nos seus principais mercados do mundo. No primeiro trimestre, as vendas para a Europa e os EUA caíram cerca de 10% e 25%, respectivamente. Até a China, que ainda cresce a 7,5%, reduziu suas compras em 2,2%.
O retrocesso brasileiro resulta da falta de competitividade para produzir e vender produtos manufaturados. Nossa pauta de exportações se concentra em matérias-primas, o que põe o país em posição de risco. Não há perspectiva de repetir-se tão logo a valorização que tais produtos primários tiveram na última década.
A China reorienta seu modelo de crescimento, na tentativa de torná-lo menos dependente de grandes obras, o que reduz a demanda por commodities. Não por acaso, os preços de vários metais de uso industrial têm sofrido queda.
Produtos agrícolas, como a soja brasileira, são menos sensíveis a essa mudança. Podem até ser beneficiados pela melhoria do padrão alimentar asiático e por quebras de safra de concorrentes ocasionadas pelo clima. É temerário, contudo, contar apenas com a produtividade nacional nesse setor para competir no mercado internacional.
O deficit no comércio de manufaturados atingiu US$ 16 bilhões já no primeiro trimestre, segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Nos segmentos de média e alta tecnologia, o rombo vai a US$ 22 bilhões. O Brasil está à margem das cadeias produtivas globais que mais criam valor e conhecimento.
Para completar, a conta de serviços --que, além da balança comercial, inclui pagamentos de dívidas, gastos de viagens e remessas de dividendos-- também se desvia para o vermelho. O país se avizinha de um deficit externo de US$ 70 bilhões (3,3% do PIB) em 2013 e pode chegar a US$ 100 bilhões em 2014 ou 2015. Voltaria a dependência de capital externo de curto prazo para fechar as contas.
Não há risco, dirão os mais crédulos. O Brasil tem reservas de US$ 375 bilhões. Mas não se sabe qual será o comportamento dos investidores se os EUA subirem os juros. O filme da fuga de capital já foi visto, e ninguém gostou.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

BRASIL COLÔNIA DA CHINA?

Artigo Folha de São Paulo - Clovis Rossi

Industriais, incomodados com uma concorrência desleal, demonstram que não há uma real parceria
Marcos Troyjo, diretor do BRICLab da Universidade Columbia e professor do Ibmec, fez a seguinte comparação em artigo recente: "O comércio com a China aumentou dez vezes na última década. Mas tal expansão foi impulsionada principalmente pelo crescimento dramático da China e seu resultante apetite voraz por commodities minerais e agrícolas em que o Brasil tem vantagens comparativas.
O resultado? Uma tonelada de exportações brasileiras para a China vale cerca de US$ 200. Uma tonelada de exportações chinesas para o Brasil vale mais do que US$ 2 mil. Isso dificilmente poderia ser chamado de parceria".
Tem razão. É muito mais uma relação colonial, o que causa tremendo incômodo à indústria brasileira, até porque 63% dos exportadores queixam-se à CNI (Confederação Nacional da Indústria) de prejuízos com a concorrência chinesa.
Natural, portanto, que a entidade decidisse encomendar um estudo sobre a política industrial chinesa ao escritório King & Spalding, que habitualmente presta consultoria aos governos norte-americano e mexicano quando o assunto é China.
As conclusões põem números nessa relação de tipo colonial. São dados relativamente conhecidos, mas apresentados em conjunto impressionam muito. Cito apenas dois de uma vasta coleção:
O Brasil exporta para a China apenas 7,6% de produtos considerados de alta tecnologia, mas importa 41,4% nessa rubrica.
Já em commodities primárias (produtos típicos de colônia), as exportações brasileiras saltam para 31,6%, enquanto os chineses vendem ao Brasil só 1,6% nessa área.
Conclusão inescapável do relatório: "Esse padrão levou à preocupação no Brasil e em outros países de que a predominância da China nas manufaturas pode levar à desindustrialização em seus parceiros comerciais".
É uma situação que incomoda também o governo tanto que, na agenda de sua visita à China, já faz dois anos, Dilma Rousseff reivindicou uma mudança na qualidade do comércio.
Passados dois anos, o relatório divulgado agora pela CNI demonstra que a reivindicação não produziu mudança alguma.
Nem vai haver mudança, prevê o documento: "Apesar da adoção de políticas orientadas pelo mercado, no fim dos anos 70, o governo da China continua, em todos os níveis, a exercer substancial influência sobre o setor industrial. Os subsídios para indústrias são substanciais, e essa subsidiação tem provavelmente causado danos às indústrias brasileiras concorrentes tanto no mercado doméstico como nos de exportação".
O escritório recomenda que o Brasil recorra à Organização Mundial de Comércio para propor "ações apropriadas", em vista do que leva todo o jeito de ser concorrência desleal, já que a indústria brasileira está, na verdade, competindo com o portentoso Tesouro chinês, não apenas com as suas congêneres.
Resta ver se o governo Dilma terá a coragem de peitar a China para tentar reconduzir a relação para a parceria, em vez de um neocolonialismo.
 
Esse artigo nos mostra alguns números que comprova que o Brasil precisa muito investir em P&D, ou seja na produção de Tecnologia, para darmos um basta de uma vez por todas nesse processo de colonização capitalista do qual o Brasil parece nunca sair.( Prof. Aldo)

UM BOM ARTIGO SOBRE INFLAÇÃO

INFLAÇÃO DE 5% É POSSÍVEL NO BRASIL?


A política de aceitar inflação maior tem custo alto no longo prazo; pensei que já tivéssemos aprendido a lição

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou que o Brasil apresenta uma "inflação de base entre 5% e 6%. Ela não supera isso, mas também dificilmente fica abaixo disso".

O ministro afirma que a redução da inflação de base para valores abaixo da faixa entre 5% e 6% dependerá da recuperação da competitividade da economia.

Sugere em seguida que, "com as medidas de combate aos gargalos logísticos, que vão reduzir os custos e elevar a produtividade das empresas brasileiras", será possível alcançarmos valores mais baixos da inflação.

A fala do ministro defende ponto de vista de que a inflação não é essencialmente um fenômeno monetário. Isto é, dado que temos problemas na oferta de infraestrutura, teremos que conviver com inflação mais elevada.

Pergunta: todos os países do mundo com baixa oferta de infraestrutura convivem com inflação mais elevada? Certamente não! A baixa oferta de infraestrutura produz, se o sistema de preços do país funcionar direito, tarifas elevadas. Se o sistema de preços não funcionar direito, produzirá filas.

O fato de nossa infraestrutura ser ruim já nos causa muitos desconfortos. Não imaginava que teria que causar o desconforto adicional de termos de conviver com inflação maior.

Nas últimas semanas, vários comentaristas e colunistas têm defendido pontos de vista análogos ao do ministro. Por exemplo, argumenta-se que o fato de os funcioná- rios públicos terem poder de barganha excessivo e, portanto, salário acima da produtividade explicaria em parte os elevados níveis de inflação do Brasil.

Outros argumentam que o fato de diversos setores da economia --principalmente os de bens intermediários, como siderurgia e cimento-- serem muito concentrados e, portanto, apresentarem baixíssima competição seria outro fator que explicaria a inflação de fundo mais elevada.

Provavelmente todos os fatos arrolados são verdadeiros. Temos forte carência na oferta de serviços de utilidade pública, provavelmente os servidores públicos são remunerados acima da produtividade e há de fato diversos setores de bens intermediários com margens excessivas.

Como no caso da infraestrutura, esses fatos sugerem que o preço relativo dos serviços de utilidade pública, dos serviços dos funcionários públicos e dos bens intermediários serão elevados em comparação aos demais preços.

Ou seja, esses grupos da sociedade conseguirão abocanhar rendas maiores do que a sua contribuição para a produção.

Abocanhar renda superior à sua contribuição à produção representa distorção microeconômica e pode acarretar perda de eficiência e, consequentemente, redução do potencial de crescimento.

A redução do crescimento se transforma em maior inflação quando a política monetária se torna leniente e delega à aceleração inflacionária a gestão do conflito distributivo.

Não há nada que obrigue que a solução do conflito distributivo seja por meio de aceleração da inflação.

Se for verdade que as carências de infraestrutura do país causam inflação na casa de 5% a 6% ao ano, logo as pessoas incorporação esse inflação futura nas suas expectativas e os aumentos de salário no mercado de trabalho serão superiores a esse valor. Entramos na terrí- vel espiral preços-salários de triste memória.

Certamente o ministro sabe que a espiral preços-salários opera e, portanto, que não é possível trocar permanentemente maior inflação por maior crescimento.

O que o ministro afirma é que existe a decisão política de aceitar temporariamente inflação maior até que os investimentos em infraestrutura maturem.

Trata-se de política com algum retorno no curto prazo com custos elevados no longo prazo. Pensei que já tivéssemos aprendido essa lição.

SAMUEL PESSÔA é doutor em economia e pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da FGV. Escreve aos domingos nesta coluna.


segunda-feira, 11 de março de 2013

LISTA DE EXERCÍCIOS SOBRE URBANIZAÇÃO

http://www.4shared.com/office/O4l1xTPI/simulado_urbanizao.html
LINK PARA DOWNLOAD DA LISTA



1- Dentre vários aspectos, pode-se dizer que a urbanização brasileira ocorreu em níveis de intensidade e rapidez significativos, que se diferenciam regionalmente.

Quanto ao processo de urbanização no Brasil é CORRETO afirmar que:

a) No Nordeste a rede urbana apresenta maior densidade na zona litorânea.

b) A cidade de São Paulo sempre comandou a rede urbana brasileira.

c) A megalópole brasileira é constituída por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

d) A porção centro-ocidental do país iniciou os primeiros passos de uma acelerada urbanização, inclusive com grande densidade demográfica.



2- A urbanização no Brasil ocorreu de modo acelerado nas últimas décadas do século XX, comprimindo no tempo um fenômeno que em outros países aconteceu lentamente. Considere as seguintes afirmações que tratam do processo da urbanização brasileira:



I. As indústrias tiveram papel central no crescimento das metrópoles, sobretudo aquelas localizadas no Sudeste.

II. As metrópoles brasileiras tornaram-se lugar da crise urbana, relevada pela precariedade do sistema de transportes e falta de moradia entre outros problemas que afligem a população de baixa renda.

III. No Nordeste, apesar da pobreza rural, a urbanização com industrialização promoveu um aumento no nível de renda dos trabalhadores.

IV. A extensão contínua dos grandes centros urbanos é definida por cidades que balizam regiões de agricultura moderna, como é caso de Ribeirão Preto em São Paulo.



Assinale o correto.

a) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.

b) As afirmações I, II e III são as únicas verdadeiras.

c) As afirmações I, II e IV são as únicas verdadeiras.

d) Apenas as afirmações I, III e IV são verdadeiras.



3- Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a sede administrativa de um município, no Brasil, é considerada como

a) bairro.

b) cidade.

c) área metropolitana.

d) franja urbana.

e) conurbação.



4-





Os quadrinhos apresentados abordam simultaneamente um aspecto da crise urbana brasileira e a dinâmica populacioal do país.

O processo espacial urbano e o indicador demográfico correlacionados na situação apresentada nos quadrinhos são, respectivamente:

a) conurbação e migração interna.

b) verticalização e expectativa de vida.

c) segregação e crescimento vegetativo.

d) suburbanização e taxa de mortalidade.



5- A respeito da presença das favelas no território brasileiro, é INCORRETO afirmar:



a) O fenômeno está presente em todo o território nacional, mesmo em regiões de densidades populacionais reduzidas.

b) A maior densidade encontra-se nas capitais dos estados da região Sudeste, porém são, contraditoriamente, inexistentes nas cidades do interior.

c) Apesar da distribuição irregular pelo território, a região concentrada (Sudeste e Sul) é a mais representativa do fenômeno, tanto em número quanto em densidade.

d) Em sua origem povoadas por pobres, muitas favelas apresentaram melhoria em infra-estrutura, abrigando pessoas de classe média.

e) No Rio Grande do Sul, embora dispersa, a maior densidade de domicílios em favelas encontra-se na região metropolitana e na denominada Metade Sul do Estado.



6- Relacione corretamente as cidades da coluna B às expressões da coluna A, referentes à hierarquia urbana.



Coluna AColuna B

( 1 ) Cidade Global

( 2 ) Metrópole regional

( 3 ) Centro regional

( 4 ) Centro sub-regional



Coluna B

( ) Florianópolis

( ) Caxias do Sul

( ) São Paulo

( ) Manaus



A numeração correta da Coluna B, de cima para

baixo, é

a) 1 - 2 - 3 - 4

b) 3 - 2 - 4 - 1

c) 2 - 3 - 4 - 1

d) 3 - 4 - 1 - 2

e) 2 - 4 - 1 – 3



7- A urbanização é um processo cada vez mais presente no espaço geográfico brasileiro. Entre suas características, é INCORRETO afirmar:

a) A urbanização é definida por um determinado número de habitantes de uma cidade, não se restringindo ao crescimento físico ou a prolongamentos no meio circundante.

b) As formas de urbanização resultam do espaço produzido e expressam o caráter de formação econômico-social de produção.

c) A urbanização resulta da reprodução de comportamentos culturais e da estrutura de formação social urbana.

d) A urbanização expressa a combinação de movimentos sociais, difusão de valores e informações.



8- Sobre as atuais tendências do processo de urbanização brasileira, analise as afirmativas a seguir.



I - A periferia das áreas metropolitanas tem sofrido um processo de esvaziamento devido ao desemprego e às dificuldades de expansão dos espaços construídos.

II - O crescimento das médias cidades é explicado pela reorganização de diversos setores da economia que fogem das desvantagens da aglomeração das áreas metropolitanas.

III - A oferta de isenções fiscais tem estimulado o crescimento de cidades médias, como Juazeiro do Norte e Sobral, no Ceará, para onde se deslocaram indústrias têxteis e de calçados do sul do país.

IV - As metrópoles brasileiras continuam apresentando um acelerado crescimento demográfico devido aos fluxos migratórios campo-cidade e ao elevado crescimento vegetativo.



Assinale:

a) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

b) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.

c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.



9- O processo de urbanização no Brasil, extremamente rápido e desigual, trouxe grandes comprometimentos, por vezes até calamitosos, à qualidade ambiental das cidades brasileiras.

Sobre a problemática ambiental urbana, é correto afirmar que:

a) a escassez qualitativa da água, decorrente do aumento da população de baixa renda, é o principal problema relacionado ao processo de abastecimento das cidades.

b) a precária gestão dos resíduos sólidos implica na acumulação de lixo nas ruas, praças e jardins dos bairros habitados pelas populações de alta renda das grandes cidades.

c) a construção de obras de infra-estrutura que vêm sendo implantadas nas cidades brasileiras, como o aterro da Praia de Iracema em Fortaleza, objetiva a melhoria da qualidade ambiental.

d) a falta de tratamento dos esgotos sanitários, nas cidades, em parte lançados "in natura" no solo, vem causando danos irreparáveis às reservas de água potável, comprometendo usos múltiplos da água.

e) as emissões provenientes dos meios de transportes são as principais causadoras da poluição do ar, portanto, é nas cidades médias brasileiras que este tipo de poluição é mais acentuado.



10- O processo de urbanização no Brasil intensificou-se após 1950, tendo sido marcado pela formação de grandes cidades, por um padrão periférico de crescimento e por uma urbanização terciária.



A partir de 1990, no entanto, esse processo tem apresentado novas tendências caracterizadas por

a) maior crescimento das cidades médias, tendo em vista a desconcentração industrial e a diminuição da oferta de emprego nas grandes metrópoles.

b) expansão das áreas metropolitanas decorrente da intensificação do êxodo rural e das migrações inter-regionais, como conseqüência da concentração industrial.

c) maior crescimento das cidades pequenas e médias em função da evolução dos setores primário e secundário, devido à descentralização do setor industrial nas grandes cidades.

d) expansão das áreas metropolitanas, em virtude do aumento das migrações interregionais, como conseqüência da concentração industrial.





Aula de geologia geral - nono ano forte

http://www.4shared.com/office/UajVHNif/Estrutura_Geologica_Relevo_Par.html

terça-feira, 5 de março de 2013

Aula de projeções cartográficas - 9°ano

http://www.4shared.com/office/N689LrOM/Geografia__Aula__Projees_carto.html

IDH- BRASILEIRO



Desenvolvimento humano elevado

O Pnud não soube indicar o que motivou a mudança de classificação do Brasil. Mas, analisando os indicadores avaliados – expectativa de vida, anos médios de escolaridade, anos esperados de escolaridade e renda nacional bruta per capita – dois tiveram mudanças: expectativa de vida e renda nacional bruta.

O Brasil aparece entre os países considerados de “Desenvolvimento Humano Elevado”, a segunda melhor categoria do ranking, que tem 47 países com “Desenvolvimento Humano Muito Elevado” (acima de IDH 0,793), além de 47 de “Desenvolvimento Humano Médio” (entre 0,522 e 0,698) e 46 de “Desenvolvimento Humano Baixo” (abaixo de 0,510).

De acordo com os dados usados no relatório, o rendimento anual dos brasileiros é de US$ 10.162, e a expectativa de vida, de 73,5 anos. A escolaridade é de 7,2 anos de estudo, e a expectativa de vida escolar é de 13,8 anos.

O cálculo de IDH alterou neste ano a fonte de informação sobre renda dos países. O dado agora passou a ser alinhado ao Relatório do Banco Mundial. O problema é que o dado dessa fonte é mais antigo (de 2005) do que o usado no relatório IDH de 2010 (que era de 2008). Os números foram ajustados e a comparação possível é que passamos de uma renda nacional bruta per capita de US$ 9.812 , em 2010, para US$ 10.162 em 2011.

No material divulgado pelo Pnud é possível comparar as tendências do IDH de todos os países por índice e por valor total desde 1980. O destaque no caso brasileiro é para a renda, que aumentou 40% no período. No mesmo tempo, a expectativa de vida aumentou em 11 anos; a média de anos de escolaridade aumentou em 4,6 anos, mas o tempo esperado de escolaridade diminuiu.

Novos índices
Além do valor usado tradicionalmente para indicar o desenvolvimento humano de cada país, o relatório deste ano apresenta novos índices: IDH Ajustado à Desigualdade, Índice de Desigualdade de Gênero e Índice de Pobreza Multidimensional.

O IDH ajustado à desigualdade faz um retrato mais real do desenvolvimento do país, ajustando às realidades de cada um deles. Com isso, o IDH tradicional passa a ser visto como um desenvolvimento potencial. Levando a desigualdade em conta, o Brasil perde, em 2011, 27,7% do seu IDH tradicional. O componente renda (dentre renda, expectativa de vida e educação) é que mais influi nesse percentual.

No índice de desigualdade de gênero, o Brasil fica em patamar intermediário quando comparado com os BRICS. O índice brasileiro é de 0,449. Rússia tem 0,338; China, 0,209; África do Sul, 0,490% e Índia, 0,617.

Já o Índice de Pobreza Multidimensional é uma forma nova, mais ampla, de verificar quem vive com dificuldades. No lugar da referência do Banco Mundial, que considera que está abaixo da linha de pobreza quem ganha menos de US$ 1,15 por dia, o novo índice aponta privações em educação, saúde e padrão de vida.

Segundo o Pnud o índice pode não ser tão importante para a situação do Brasil quanto para a de países da África, pois, no Brasil, quem tem renda pode ter o acesso facilitado à qualidade de vida. Em alguns países, porém, esse acesso não depende exclusivamente de recursos financeiros (às vezes, o país tem infraestrutura precária demais, por exemplo).

Essa nova medida é uma forma interessante de avaliar as políticas de transferência de renda e verificar se essas ações realmente estão mudando a vida da população mais necessitada.

sexta-feira, 1 de março de 2013

O Que é o PIB? Como é Calculado

O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor de toda a riqueza gerada no país. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira que a economia brasileira cresceu 0,9% no ano passado.
O cálculo do PIB, no entanto, não é tão simples. Imagine que o IBGE queira calcular a riqueza gerada por um artesão. Ele cobra R$ 30 por uma escultura de madeira. No entanto, não é esta a contribuição dele para o PIB.
Para fazer a escultura, ele usou madeira e tinta. Não é o artesão, no entanto, que produz esses produtos --ele teve que adquiri-los da indústria. O preço de R$ 30 traz embutido os custos para adquirir as matérias-primas para seu trabalho.
Assim, se a madeira e a tinta custaram R$ 20, a contribuição do artesão para o PIB foi de R$ 10, não de R$ 30. Os R$ 10 foram a riqueza gerada por ele ao transformar um pedaço de madeira e um pouco de tinta em uma escultura.
O IBGE precisa fazer esses cálculos para toda a cadeia produtiva brasileira. Ou seja, ele precisa excluir da produção total de cada setor as matérias-primas que ele adquiriu de outros setores.
Depois de fazer esses cálculos, o instituto soma a riqueza gerada por cada setor, chegando à contribuição de cada um para a geração de riqueza e, portanto, para o crescimento econômico.

PER CAPITA
O PIB per capita (resultado da divisão do PIB pela população do país) cresceu apenas 0,1% no ano passado. "Em 2012, o crescimento populacional foi maior do que o crescimento do PIB", disse o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto.
Em 2011, o PIB per capita havia crescido 1,8% enquanto a economia teve expansão de 2,7%. No anterior, as taxas haviam sido 6,5%, no PIB per capita, e 7,5%, no PIB.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O QUE É E COMO FUNCIONA UMA PPP - PARCERIA PÚBLICO PRIVADA

"Os investimentos em infraestrutura no Brasil representam apenas 2% do PIB. É pouco para as necessidades de um país que busca competitividade para suas empresas e bem-estar para sua população. Olhando para as demandas da sociedade, percebe-se que o deficit em infraestrutura se concentra nos serviços públicos, naquelas atividades típicas do Estado, que deveriam prestar serviços diretamente à população.
O governo tem restrições fiscais para o gasto público, capacidade limitada de poupança e de endividamento, processo rígido e engessado para contratação, além de outros importantes focos de investimentos, tais como saúde, segurança e educação.
A iniciativa privada, por sua vez, detém o conhecimento do negócio, a agilidade na implantação de projetos, maior facilidade na obtenção de financiamentos, a necessidade de que o negócio prospere, gerando impostos, oportunidades de emprego e retorno do capital investido. Isso resulta no mais importante: a qualidade do serviço à população.
Os contratos de concessão comum, onde o privado assume os investimentos necessários e a gestão do serviço prestado, sendo remunerado diretamente pelo beneficiado, já é bastante utilizado pela administração pública.
O desafio é maior quando o setor não é autofinanciável, ou seja, o serviço a ser prestado não tem remuneração suficiente para arcar com os investimentos necessários e com a sua manutenção. Essa é a situação dos vários setores que demandam por investimentos no Brasil.
É nesse ponto que se revela a importância das PPPs, modalidade de contratação ainda pouco difundida na administração pública brasileira, concebida como forma de induzir a entrada do setor privado em projetos pouco rentáveis -apesar da grande relevância pública.
A PPP é um modelo onde o concessionário é responsável pelo financiamento, execução e operação da obra/serviço. Por conta de sua natureza deficitária, a receita auferida deverá ser complementada pelo poder concedente com recursos orçamentários. A principal vantagem desse modelo é a redução da despesa pública com o serviço.
As PPPs estão presentes em sete Estados brasileiros e totalizam R$ 15 bilhões de investimentos em estradas, hospitais, mobilidade urbana etc. Esse modelo de parceria ganhou força com as obras para a Copa do Mundo. Cinco Estados optaram por essa modalidade para a construção, reforma e gestão de seus estádios, incluindo-se aí a Arena Castelão e o Mineirão -este, não por acaso, o segundo estádio da Copa 2014 a ficar pronto.
A administração pública, ao licitar um valor global para o serviço, fica responsável por fiscalizar metas estabelecidas em contrato e o concessionário, por otimizar obras e serviço de forma a melhor aproveitar o investimento que sempre será de longo prazo."
(DARIO GALVÃO, 51, é diretor-presidente do Grupo Galvão)

A maior crítica as PPPs é justamente a qualidade dos serviços executados. Será que podemos confiar obras públicas de tamanha importância, que merecem uma execução com alta qualidade para melhor durabilidade, como saneamento básico, transporte, hospitais e escolas, a empresas privados que visão o lucro máximo?